Minha lista de blogs

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

De Eindhoven para a terra natal do Padre Eustáquio: Aarle-Rixtel, Holanda

Humberto van Lieshout, esse é o nome original do Beato Padre Eustáquio, como é popularmente conhecido em Belo Horizonte e no Brasil. Padre Eustáquio nasceu em 3 de novembro de 1890 no povoado de Aarle-Rixtel, que pertence à cidade de Laarbeek, província de Noord-Brabant, sul da Holanda. Em 1919, foi ordenado padre. Seis anos mais tarde, em 1925, chegou ao Brasil, à região do Triângulo Mineiro, onde assumiu trabalhos pastorais juntamente com seus irmãos de congregação.

Em 1942, Padre Eustáquio foi transferido para Belo Horizonte, já com fama de santo e de grande taumaturgo, decorrente de fatos relacionados às suas bênçãos seguidas de cura. O prefeito da capital mineira na época, Juscelino Kubitschek, considerando ter alcançado uma graça por intercessão de Padre Eustáquio, doou à sua congregação um terreno para que fosse contruída a Igreja dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, que está situada no Bairro Padre Eustáquio, na rua com o mesmo nome. Padre Eustáquio assistiu ao início das obras de construção da igreja, mas não chegou a ver sua conclusão, pois veio a falecer em 30 de agosto de 1943 em decorrência da febre tifo.

Em 1962, um milagre foi-lhe atribuído, referente à cura de um câncer de garganta. Isso contribuiu para instauração do seu processo de beatificação pelo Vaticano que, em 2006, o declarou Beato Padre Eustáquio.

O povoado de Aarle-Rixtel, onde nasceu Padre Eustáquio fica bem próximo à cidade de Eindhoven, aproximadamente uns 17 km. Existem ciclovias, como as das fotos abaixo, relativamente bem sinalizadas em que é possível fazer o percursso de bicicleta.




A estrada segue até a cidade de Helmond...




... onde, como é muito comum em outras cidades da Holanda, existe uma feira sábado na praça.



De Helmond, outra estrada leva à Aarle-Rixtel...



... terra natal do Beato Padre Eustáquio.








Fontes consultadas:

www.padreeustaquio.org.br/

http://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/ns_lit_doc_20060615_eustaquio_po.html

http://www.santosdobrasil.org/?system=news&eid=264

sábado, 18 de setembro de 2010

Festa do Rosário em Diamantina - Outubro de 2010 - Programe-se!


A FESTA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS EM
DIAMANTINA, MINAS GERAIS – OUTUBRO DE 2010

Texto: Evandro Passos
Fotos: Arquivos da Cia. Bataka


         No Brasil ainda podemos contar com manifestações tradicionais vivas, espalhadas pelo país que podem ser consideradas verdadeiras aulas de história. Como a “Festa do Rosário dos Pretos” em Diamantina Minas Gerais, que se realiza todos os anos na terra da Xica da Silva, antigo Arraial do Tejuco.
          É uma festa que surgiu da mesclagem das culturas africana e européia, ainda na época da colonização do Brasil, o Congado e estas festas continuam rompendo as fronteiras dos conglomerados excluídos e ganhando espaço na sociedade urbana. Seja no resgate por professores, intelectuais e pessoas comuns que visualizam nestas festas importantes elementos de formação e educação.
Nesse dia se ouve sons dos tambores que ecoam nas mãos de negros que descem e sobem ladeiras do antigo arraial do Tejuco, ao lado da casa da Xica da Silva, mas também se fazem presentes em frente à Mina de Chico Rei, entre casarões centenários que se enfeitam com colchas de renda, de seda e de cetim nas janelas para ver o Reisado negro passar. Olhares atentos daquelas senhoras negras, brancas e morenas, gente que se encanta e se emociona com a dança dos Congadeiros e com o cortejo negro. Alguns aplaudem e por vezes percebemos lágrimas que escorrem de rostos emocionados.


  Estamos no Brasil? Ou Será Angola? Guiné Bissau? Moçambique? Não!  São os Congos de Cá que saúdam os Congos de Lá. Na comunidade dos Arturos, nas ladeiras do Serro frio, em Sabará, na Ouro Preto de Chico Rei e principalmente na Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos em Diamantina.
São ritos de fé que se traduzem em memória dos ancestrais negros que, aqui, nas Américas, deixaram suas marcas indeléveis. Conhecida inicialmente como Arraial do Tijuco, a cidade emancipou-se do município do Serro em 1831, passando a se chamar Diamantina por causa do grande volume de diamantes encontrados na região. Essas pedras eram extraídas em grandes quantidades pela Coroa de Portugal, durante o século XVII, o que fez com que vários africanos escravizados para lá fossem levados.
 Parecem heranças distantes que se apagam em meio à decantada globalização, mas estão vivas e trazem aspectos de reafirmação. Ao ouvirmos os tambores dos Congadeiros, estes se tornam familiares, porque certos elementos da cultura africana mesclam-se ao nosso cotidiano, num verdadeiro continnum. São cantigas, ritmos, vestimentas, penteados, performances que ganham significados das heranças de África.


 As Congadas e a Festa em louvor a Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia fazem-nos compreender que essa manifestação é inseparável da própria história do negro no Brasil e no continente africano. Nesse sentido, a Festa do Rosário faz refletir uma herança ancestral em Diamantina, com a importante contribuição daqueles que sinalizam para construção da  identidade étnico-racial de milhares de negros, por intermédio desta festa e da comunidade Congadeira.
Segundo Souza:

Presente em Portugal, na Espanha, na América portuguesa, a eleição de reis negros e sua comemoração festiva estiveram mais difundidas, existindo comprovadamente desde o início do século XIX e ocorrendo ainda hoje em várias localidades brasileiras. As festas em torno de reis por ocasião da celebração de santos padroeiros, que contribuíram para consolidar a identidade das comunidades negras, foram criadas no contexto da escravidão, no interior das irmandades que, além de responderem a uma série de necessidades dos grupos que as formavam, também eram instrumentos de controle da sociedade senhorial sobre os negros.

É um pedaço do continente africano que, nessas manifestações, homenageiam à memória dos que da África para cá vieram.
Diamantina fica a menos de 300 Km de Belo Horizonte e conta com uma rede grande de pousadas e hotéis. Local que você irá desfrutar ainda de uma boa música, uma excelente cachacinha, gente hospitaleira e de belíssimas cachoeiras. Cidade que com seus casarões coloridos, que servem de cenário para filmes e mini-séries, como a atual, “A Cura”, da rede Globo de televisão.
A Festa do Rosário dos Pretos acontecerá de 15 a 24 de outubro de 2010, tendo o ponto alto nos dias 23, sábado, quando acontece o levantamento do mastro e no domingo, dia 24 o Reisado com muita dança, vestes coloridas e cantos.


Maiores informações: (11) 6669-5469 ou (31) 9606-9192

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Festival Internacional de Corais

25/Set - Serraria Souza Pinto, BH
Show com Kleiton e Kledir e 14 Bis - 20 horas - 20 reais  

Prá quem tá de bobeira em Belo Horizonte...


BHAR SAVASSI - Quinta-feira - 21 horas
Rua Sergipe, 1211 - Savassi - BH

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Por hoje, é só.

Fechando por hoje, amanhã é dia de feira e não podemos nos delongar, vou sugerir para os que curtem MPB a dupla Kleiton e Kledir, do Rio Grande do Sul. O repertório deles contém pérolas da música popular brasileira como "Vira Virou", "Paixão", "Nem Pensar", "Deu prá ti", entre outras. Achei, nesses dias, no YouTube, o clipe da música "Eva", que está no álbum da dupla entitulado "Autorretrato".  É engraçado...

Lançamento do Blog do Zé Diamantina

Enfim, taí: "Taí, eu fiz tudo prá você gostar de mim, oh meu bem não faz assim comigo não, você tem, você tem que me dar seu coração" (Joubert de Carvalho) - http://www.mpbnet.com.br/

Taí, o Blog do Zé Diamantina. Espero que goste (m). Sem discursos, porque pode parecer enrolação, eheheheh... Espero que, antes de quaisquer objetivos que se pretenda ter quando se queira publicar qualquer coisa, possa ser útil prá alguém, pelo menos prá mim mesmo, não é possível!...

Gostaria que fosse um vínculo entre eu, os meus e o mundo; entre o samba, a música, a cultura e a arte; entre o perto, o longe e você que lê esse website, nessa tela de computador. Ponto. Não farei discurso, já disse. Pronto. Ponto final...

Vídeos do Torneio de Samba



Samba de escola dos Malandros - Torneio de Samba, Eindhoven 2010.




Apresentação do Bloco Barulho. No vídeo, a música mescla canção típica holandesa e batucada.




Capoeira do Tyson e samba do Bloco Barulho. Com uma pitada de samba-reggae!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Samba na Holanda e na Europa

Está plenamente equivocado quem acha que só brasileiro tem samba na veia...

Pois os mais incrédulos podem verificar isso na Holanda, durante o carnaval, em festividades e em festivais de samba. Como o "Torneio de Samba" que que é um festival de samba organizado pelo grupo "Aventurado" (http://www.aventurado.nl/). A configuração dos grupos é baseada em um formato percussivo, e os ritmos presentes na pauta das apresentações são o samba, o samba-reggae, o frevo, a batucada...

Pois em uma tarde chuvosa em Eindhoven no domingo de 12 de setembro de 2010, estavam vários grupos na Praça Wilhelmina ou no bom holandês, Wilhelminaplein. Os grupos se revezaram no palco montado na praça.






Enquanto isso, no palco do Café Wilhelmina também ocorriam apresentações de grupos de samba, de dança  e de capoeira, ao som de música brasileira ou salsa. Esse grupo que está na foto abaixo é o Bloco Barulho (http://www.bloco.nl/) de Eindhoven.



Pois é, na Europa a salsa é bastante popular, e o bom e velho samba se une a esse outro tradicional ritmo latino para colocarem cada vez mais em evidência o swing e a força da música latino-americana.

Nesse contexto, ainda, não poderia faltar a Capoeira... mistura de dança, música, luta, arte!


"Mas que nada", citando Jor Ben, ou que chuva que nada, com todos esse ingredientes só quem é "ruim da cabeça ou doente do pé" para deixar de prestigiar o samba na Holanda!... Até a garotada entrou na roda...




O grupo da foto acima é a escola de samba "Os Malandros" (http://www.osmalandros.nl/)

Ah, para os mais desavidados, caminhando um pouquinho mais para o norte, para a Finlândia, o grupo de samba G.R.E.S. Império do Papagaio (http://www.papagaio.fi/) também faz um batuque de primeira qualidade. No website do grupo, há uma frase que qualquer sambista ou quem tem samba na veia entende muito bem: "samba não é um ritmo, é um estado de espírito..."

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Tudo outra vez

Belchior



    C                          G           Am7
Há tempo muito tempo que eu estou longe de casa
         Em                  F
E nessas ilhas cheias de distância
                 G7           Am7   G7 
O meu blusão de couro se estragou


      C                G7       Am7
Ouvi dizer num papo da rapaziada
            Em                   F
Que aquele amigo que embarcou comigo
             G7                    C   G7
Cheio de esperança e fé, já se mandou



    C                G7                Am7
Sentado à beira do caminho pra pedir carona
        Em                   F
Tenho falado à mulher companheira
                 G7       Am7               G7
Quem sabe lá no trópico a vida esteja a mil



      C                   G7               Am7
E um cara que transava à noite no Danúbio Azul
                 Em                 F
Me disse que faz sol na América do Sul
                        G            C              C7
Que nossas irmãs nos esperam no coração do Brasil


 F                 Dm        
Minha rede branca, meu cachorro ligeiro
   Em                            A7
Sertão, olha o Concorde que vem vindo do estrangeiro
      Dm7          Dm7/C        Bm7/5b       E7                  
O fim do termo "saudade" como o charme brasileiro
            Am            Am7# Am7 C7             
De alguém sozinho a cismar



 F                       Dm7         
Gente de minha rua, como eu andei distante
          Em7                  A7
Quando eu desapareci, ela arranjou um amante.
       Dm                      G

Minha normalista linda, ainda sou estudante
           C                A7 
Da vida que eu quero dar


 D                 A7              Bm7
Até parece que foi ontem minha mocidade
                F#m                   G
Um diploma de sofrer de outra Universidade
                 A7               Bm7           A7
Minha fala nordestina, quero esquecer o francês



   D                  A7                    Bm7
E vou viver as coisas novas, que também são boas
                 F#m                  F  
O amor-humor das praças cheias de pessoas
                A                D        D7
Agora eu quero tudo, tudo outra vez


  G                Em
Minha rede branca, meu cachorro ligeiro
   F#m                           B7
Sertão, olha o Concorde que vem vindo do estrangeiro
      Em7          Em7/C       C#m7/5b      F#7
O fim do termo "saudade" como o charme brasileiro
            Bm            Bm7# Bm7 D7
De alguém sozinho a cismar


 G                       Em7
Gente de minha rua, como eu andei distante
          F#m7                 B7
Quando eu desapareci, ela arranjou um amante.
       Em                      A7
Minha normalista linda, ainda sou estudante
                      G   D/F# Em D 
Da vida que eu quero dar

Só testando...

Estou apenas testando... Espero que dê certo, afinal, um Blog é uma boa maneira de se comunicar com as pessoas que estimamos, quer do mundo de perto, quer do mundo de longe. Diamantina? Porque é minha terrinha natal, diamante de valor incalculável, cravado na Serra dos Cristais, Espinhaço. Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

Zé Diamantina. Pois é, não sou um um Zé qualquer, não, o que é que você tá pensando? Pois nasci em Diamantina, ehehehe. O nome do blog é uma pequena homenagem a minha terra natal, e o endereço uma pequena homenagem à Holanda, que me acolhe nesses tempos de estudo... "estudante, da vida que eu quero dar", citando Belchior.

Espero que aprecie, com ou sem moderação. Ah, prá não deixar de soltar uma que me contaram, andam dizendo que esse tal de "Moderação" bebe prá caramba.... porque em toda propaganda de bebida aparece sempre a frase "beba com moderação". Desculpe-me por essa pérola, ehehehe, não consegui me segurar...

Zé van Diamantina