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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

As pessoas, os lugares e as suas soluções

Uma coisa que acho bastante interessante quando se desloca geograficamente de um local para outro, quer seja a passeio, quer seja para fixar residência, é o conhecimento que isso proporciona dos diferentes tipos de costumes que as pessoas de cidades ou países distintos possuem, em suas gírias, costumes, gastronomia, etc.

Costumo defender a teoria de que para se conhecer um lugar de fato não basta apenas visitar praças, museus, igrejas, praias, parques... É preciso também conhecer um pouco sobre as pessoas do lugar, interagir com elas na medida do possível, afinal de contas elas também "são" o lugar, fazem parte dele, modificam-no e são modificadas por ele. Certamente, isso ajuda o imigrante ou o turista conhecer muito mais sobre o local de destino, e até entender melhor a relação que ele tem com seu próprio espaço de origem.

Em determidos momentos, chega a ser bastante curioso as soluções tecnológicas que as pessoas de um lugar encontram para determinadas situações, como chegam a ser engraçadas certas expressões linguísticas ou gírias que elas usam. E isso ocorre às vezes em regiões geográficas próximas. Por exemplo, quando se fala em Diamantina que um sujeito está "bicudo", significa que ele está bêbado, e da mesma forma a palavra "isolar", que em terras diamantinenses não significa apenas atirar algo para longe ou separar alguma coisa de um conjunto, quer dizer também que o sujeito bebeu demais e acabou "dormindo" por causa da bebida. Em Belo Horizonte, quando se quer falar sobre a mesma condição, usa-se palavras como "bodar" ou "apagar".

Em Diamantina, emprega-se também  a expressão "com borra", significando "com bastante intensidade". No Rio de Janeiro, a palavra moleque tem também o significado de "camarada", conotação diferenciada da mais comumente conhecida que é de "criança travessa", que faz "molecagem". Exemplos como esses são inúmeros no Brasil e no mundo.

Na Holanda, alguns hábitos são bem característicos desse país europeu, e chegam mesmo a refletir o fato de ser uma nação considerada bastante organizada. Por exemplo, é bastante comum a necessidade de se agendar um compromisso, quando se pretenda resolver algo. Nesse contexto, os holandeses também valorizam bastante a pontualidade.

Na Holanda, também, são utilizados diversos artifícios tecnológicas que tornam mais fáceis ou automáticos as soluções de diversos problemas. Como é o caso de certos tipos de lixeiras de rua, por exemplo. Algumas dessas lixeiras possuem um sensor para cartão magnético, que é usado para abrir um compartimento lateral onde se coloca o lixo. Mas, além de tal peculiaridade, o que chama bastante atenção nessas lixeiras é o seu tamanho e a forma como o lixo é coletado. Quando você olha distraidamente, pode achar que são pequenas e estão apenas apoiadas na superfície do passeio.

"Lixeirinhas" sobre a rua, no centro de Roterdã.

Porém, elas têm uma extensão subterrânea, que é um outro compartimento grande e metálico, em forma de caixa, onde o lixo fica armazenado. Na hora de coletar o lixo, o braço "munck"do caminhão de lixo  remove a lixeira do chão, e o lixo, por sua vez, é despejado na caçamba do caminhão.


"Lixeirinha" sendo içada pelo caminhão em Eindhoven. 

O lixo é então despejado no caminhão.

Outro tipo de solução curiosa na Holanda são os mictórios públicos utilizados juntamente com os muito populares banheiros químicos ou "pipi-móveis" no Brasil. Há quem ache esse tipo de mictório usado na Holanda bastante indiscreto, mas é bem mais prático que os "pipi-móveis", tanto no quesito transporte, quanto no quesito uso e manutenção.


Para fechar essa postagem e não deixá-la grande em demasia, ou muito mais extensa do que ela já está, apenas um pequeno comentário para os motoristas de plantão: tem horas que é muito mais vantajoso ter um carro pequeno, não é?




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