Lugarejo bucólico, há alguns poucos quilômetros de Diamantina, Mendanha se divide por um grande marco geográfico, o rio Jequitinhonha, que outrora já foi imenso, com suas águas fortes e correntes, ao longo da sua história vidas já levou, mas muitos já alimentou com sua abundância de peixes. A corrida do ouro e diamante sua outra grande riqueza muitos enriqueceu, mas a força de suas águas e o seu leito enfraqueceu. Foi lá que o “Murrudão (i.m)” há anos atrás fincou residência, com mulher e filhos, netos ele viu crescer, agregados vários foram os “chicos” que em sua casa viveu. Nessa época grandes laços de amizade com famílias nativas nasceram, com a tradicional família Ferreira do lado de cá e os Ribeiro do lado de lá. Mendanha de tantas outras famílias, da eterna mestra Dalva e sua filha Verônica sempre grande no coração, que compartilham saber, com elas vários alunos vão aprender, bordado, tricor, crochê. A recém-chegada família Quaranta, que nos fins de semana também residem por ali, é costume ver um Lascão ou um Dornas por lá, são outras famílias que há mais tempo já usufruem do seu aconchego. O internacional seu Agustín, que há 40 anos da Espanha desembarcou neste território, hoje com a família criada e aposentado nos recebe no seu botequim, de onde tudo sabe, tudo ouve tudo vê. No bate papo e no aperto de mão do seu Nem, que com sua fala mansa e mãos calejadas conta sua história, sua trajetória de vida, relatos de uma vida sofrida do trabalho pesado nos garimpos e lavouras da região, mas que tudo isto só o fortaleceu e hoje ainda mais forte, da vida só tem alegrias. Sua enorme e frondosa sapucaieira que dá sombra e colorido a este lugar. A viola que chora embalando as vozes que cantam no boteco da Celma, tornando as noites de sábado num grande sarau. Da passarela que um dia já foi ponte, ligando Mendanha de lá com Mendanha de cá, unindo sua gente em um povo só. Que nos festejos de sua padroeira, Nossa Senhora das Mercês, neste mês de setembro mais uma vez ela estenda o seu manto e abençoa o povo deste lugar e que o sino novo da sua capelinha os bons ventos o toquem.
Minha lista de blogs
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Mendanha - por Harlen Quaranta
Lugarejo bucólico, há alguns poucos quilômetros de Diamantina, Mendanha se divide por um grande marco geográfico, o rio Jequitinhonha, que outrora já foi imenso, com suas águas fortes e correntes, ao longo da sua história vidas já levou, mas muitos já alimentou com sua abundância de peixes. A corrida do ouro e diamante sua outra grande riqueza muitos enriqueceu, mas a força de suas águas e o seu leito enfraqueceu. Foi lá que o “Murrudão (i.m)” há anos atrás fincou residência, com mulher e filhos, netos ele viu crescer, agregados vários foram os “chicos” que em sua casa viveu. Nessa época grandes laços de amizade com famílias nativas nasceram, com a tradicional família Ferreira do lado de cá e os Ribeiro do lado de lá. Mendanha de tantas outras famílias, da eterna mestra Dalva e sua filha Verônica sempre grande no coração, que compartilham saber, com elas vários alunos vão aprender, bordado, tricor, crochê. A recém-chegada família Quaranta, que nos fins de semana também residem por ali, é costume ver um Lascão ou um Dornas por lá, são outras famílias que há mais tempo já usufruem do seu aconchego. O internacional seu Agustín, que há 40 anos da Espanha desembarcou neste território, hoje com a família criada e aposentado nos recebe no seu botequim, de onde tudo sabe, tudo ouve tudo vê. No bate papo e no aperto de mão do seu Nem, que com sua fala mansa e mãos calejadas conta sua história, sua trajetória de vida, relatos de uma vida sofrida do trabalho pesado nos garimpos e lavouras da região, mas que tudo isto só o fortaleceu e hoje ainda mais forte, da vida só tem alegrias. Sua enorme e frondosa sapucaieira que dá sombra e colorido a este lugar. A viola que chora embalando as vozes que cantam no boteco da Celma, tornando as noites de sábado num grande sarau. Da passarela que um dia já foi ponte, ligando Mendanha de lá com Mendanha de cá, unindo sua gente em um povo só. Que nos festejos de sua padroeira, Nossa Senhora das Mercês, neste mês de setembro mais uma vez ela estenda o seu manto e abençoa o povo deste lugar e que o sino novo da sua capelinha os bons ventos o toquem.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário